Publicado em 11/01/2017
Protesto ocorreu em frente ao Banco Central, na avenida Paulista.
Sindicalistas da Força Sindical, UGT, CGTB e Nova Central, além de representantes de Sindicatos de diversas categorias como os metalúrgicos, químicos, comerciários e também aposentados, realizaram na manhã desta quarta (11), em São Paulo, mais um ato contra os juros altos. O protesto ocorreu em frente ao Banco Central, na avenida Paulista.
As falas dos dirigentes foram unânimes na condenação ao elevado patamar da taxa básica de juros no País, determinado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Eles denunciaram seus efeitos nocivos para a economia, como desemprego, recessão e favorecimento aos rentistas e especuladores.
Os discursos também foram contundentes contra o governo Temer e sua política neoliberal. Paulo Sabóia, presidente da CGTB no Estado de São Paulo, disse à Agência Sindical que no atual quadro de recessão é criminoso se manter a taxa de juros como a maior do mundo.
"Não dá mais para conviver com essa política recessiva. A inflação de dezembro ficou em 6,29% e a taxa Selic é mais que o dobro (13,75%). É possível sim reduzir drasticamente esses juros e ainda ficaremos bem acima do que é praticado internacionalmente", afirma Sabóia.
Para o dirigente essa política do governo afunda o País cada vez mais. "Essa é uma gestão nefasta. A questão nevrálgica é o montante de dinheiro retirado do orçamento e passado para a especulação", diz.
O diretor de Relações Sindicais do Sindicato dos Comerciários de São Paulo (filiado à UGT), Josimar Andrade de Assis, também faz críticas ao governo por conta da política de juros altos. "Só agrava, ainda mais, o cenário que nós estamos vivendo no Brasil. O consumo esta travado, os investimentos estão estagnados e o desemprego cresce a cada dia", aponta o dirigente. (Fonte: Agência SIndical)